Mentalistas

Depois de quase 20 anos como jornalista, Camila Tuchlinski atua como psicóloga no atendimento em terapia humanista, na Abordagem Centrada na Pessoa (ACP)

O contato com diversas realidades como comunicadora contribui para que o atendimento clínico seja acolhedor, isento de julgamentos, validando o sofrimento emocional do paciente. 

Ao mesmo tempo, com ferramentas científicas, a psicóloga auxilia pacientes a elaborarem vivências antigas, amenizando os sintomas emocionais no aqui e agora para que possam fazer escolhas mais conscientes. Camila Tuchlinski é pós-graduanda em Psicossomática, especialização que aproveita para robustecer o conhecimento empírico após observação de casos clínicos que atendeu.   


Como a ideia surgiu ?

Em uma tarde qualquer, enquanto apresentava um programa de rádio, recebi algumas mensagens de ouvintes que me chamaram atenção. Alguns diziam que “fulano de tal é bipolar” ou “o assassino é um psicopata”.

Como já estava em meados da graduação de Psicologia, a única coisa que se passava pela minha cabeça era: “eles não sabem o que estão falando, pois não têm informação de qualidade sobre os temas de saúde mental“.

E aí veio a inquietação naquela época: como eu, como jornalista há quase 20 anos, poderia abordar assuntos como Transtorno Bipolar, depressão, ansiedade, psicopatia e afins de forma lúdica, propagando saber?

E, então, criei o projeto Mentalistas, um programa sobre saúde mental e comportamento em que pudesse receber convidados sobre os mais variados temas, sempre com a perspectiva da Psicologia e Ciência, ouvindo as principais questões, dilemas e sofrimento emocional da população.

A atração radiofônica logo ganhou formato de podcast e vídeo, sempre contemplando a multidisciplinaridade.

Depois, já formada e atuando como psicóloga, decidi levar esse lema para a minha vivência na clínica com meus pacientes.

Busco analisar os casos de maneira interdisciplinar, trocando experiências com profissionais de saúde dos mais diversos ramos, não descartando hipóteses de alterações biológicas, por exemplo, acolhendo quem me procura e validando o que está sentindo. 

Eu costumo dizer que a psicoterapia é como uma ‘rodinha de bicicleta’, daquelas que a gente coloca quando criança para aprender a pedalar.

Quando percebemos que já não precisamos mais do auxílio do equipamento e nos sentimos seguros, é hora de seguir nosso caminho. Enquanto isso, estou aqui, ao lado de cada um, para oferecer o suporte emocional necessário.

Mentalistas na Clínica é a concretização do que idealizei no passado, nas ondas do rádio: esclarecer que é possível ter uma vida mais livre de julgamentos, genuína, sem medo, com autoestima e, acima de tudo, que valha à pena.